domingo, 30 de março de 2008

Sem título

Hoje é um daqueles dias em que eu sinto medo.
Eu tenho medo de não aguentar.
E o pior é que você não está.
Hoje é um dia em que eu nem quero nada.
Não estou com fome, nem com sono.
Não sinto vontade.
Porque você não está (?).


Será que passa?

É caro

Muito caro. Ás vezes chaga a machucar pelo quanto que me custa. O preço que eu pago por pensar diferente. O preço que eu pago por ser diferente. Pode agradar, mas também pode assustar. Eu também me assusto.
Penso em recuar. Tento guardar os meus segredos. Tento domar os meus desejos. Tento desviara o meu apetite. Mas não posso. Não consigo. Não quero.
E não é questão de me arrepender no dia seguinte. E eu também não sinto vergonha de querer. Eu não me envergonho dos meu desejos. Eu não me envergonho de sentir.
Mas é caro e ninguém entende. Por mais que entendam, uma hora acabam se assustando.
É didfícil impor a nossa postura numa sociedade tão cheia de preconceitos e falta de afeto. Porque as pessoas não sentem, apenas enxergam o que acontece na superfície do momento. E eu penso através do que eu sinto. É só assim que eu sei pensar. E o que eu sinto é intenso...
Eu sou intensa. E pago muito caro por isso.

Quem?

Quem é que canta no banheiro? E canta na beirada do fogão mexendo as cadeiras e queimando as panelas?
Quem é que adormece pensando no amor? Esperando o amor? Quem é que sonha com carinho, acorda com saudade e mata essa saudade? Quem é que fecha os olhos pra não chorar?
Quem é que olha pro céu e sente o coração batendo, gritando, saindo pela boca? Quem é que se embreaga? Se ascende? Se apaga?
Quem é que chora de rir? Quem é que ri pra não chorar?
Quem é que abraça? Que sente? Que deseja?
Quem é que grita? E depois se desarma? Se quebra em mil pedaços e depois demora pra se juntar?



Quem é feliz?