terça-feira, 15 de julho de 2008

incomensurável

ler você, depois de tanto tempo, foi como se eu tivesse vendo uma coisa totalmente nova.
alguém que eu conheço há um tempo suficiente pra reconhecer em palavras no início parecia um pouco desconhecido!
me aborreci ao ler a palavra "desmisturado".
não gostei de ler uma coisa que lembrava eu, misturada com você.
principalmente por estra num contexto que agora, me fazia me ver tão separada de você.
mas você é mesmo um idota.
e acha que me engana com esse seu papo de metáforas.
e eu sou mesmo uma burra.
porque acho que merecia saber de todos os seus segredos.
saber dos seus 'affair's'.
não, eu não era a única.
não havia só uma virtual ou real menina-mulher, mulher, mulherão, ou seja lá o que for.
mas gostei quando te reconheci.
gostei quando achei graça nas suas histórias que se repetem como as minhas eu repito
por saudade, por vontade ou por falta de opção a gente repete.
e olha, não vamos mais brigar por nossos segredos, sejam eles reais ou virtuais.
e eu entendo que você me esconda algumas verdades que eu já estou cansada de saber.
e eu gosto das suas mentiras sinceras, elas me interessam.
porque como você, eu também sou carente.
e eu gosto de me curar nas nossas confissões.
eu gosto de dividir melancólicos segredos com você.
e quer saber?
A real é que eu te amo!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Pulo na janela

hoje, logo de manhã.
abri devagar. empurrei com força, equilibrando os dois lados.
primeiro uma perna, depois a bolsa. depois a outra perna.
e fechei com cuidado, pra ficar como estava antes. pra que ninguém percebesse.

onde que eu parei?
onde que eu caí?

eu queria ter caído numa estrada.
queria ter parado em um caminho sem placas, sem curvas, que estas que tenho por aqui já me bastam.
eu queria estar numa estrada de terra, de sol, de vento.
eu queria apenas meus sapatos, meus cadarços.
eu queria uma mala, uma mochila qualquer.
e nem o secador eu iria levar.
deixava o vento atrapalhar meu cabelos. ou ajeitar, se quisesse assim.
eu queria aquele sorriso.
aquele, satisfeito sorriso.
eu queria as mãos trêmulas de tanta coragem.
eu queria as pernas bambas, passos tortos de tanto desejo.

e ao me levantar eu queria as suas mãos.
uma só já seria o suficiente.
as suas mãos para segurar as minhas.
os seus olhos pra me chamar.
aquele convite que ninguém quer resistir.

e mesmo bambas, minhas pernas obedeceriam à minha vontade.
vontade que não passa, não passa de jeito nenhum
vontade que apenas descansa, guardada lá dentro do meu coração.
vontade que surje sempre e às vezes até me faz mal.
vontade que às vezes me engana, mas que é tão intensa, tão forte.

eu queria a nossa estrada, o seu caminho.
eu queria a sua mão.
a minha mão nos seus cabelos.
o meu peito no seu, devagar, de leve.
os seus olhos caídos, seu sorriso preguiçoso.

e pra frente, no caminho, só você
e eu.

vai!

não seja apenas mais um.
há milhões, bilhões, trilhões de pessoas aí fora.
há muitas delas acordadas, enquanto você dorme.
há muitas delas também, sorrindo enquanto você só reclama.

então, porque você não acorda?
porque você não se levanta dessa cama e vai atrás?
anda! vá logo atrás daquilo que sempre passa pela sua cabeça.
se você não for, se ficar aí parado, alguém vai chagar antes de você.

não seja apenas mais uma, mais um qualquer por aí.
você pode ser muito mais, você pode ser até o que você quiser.
e ninguém pode ser por você.
ninguém pode tentar por você.

vale o sacrifício, o esforço.
vale tudo.
pra ir atrás do que quer, vale sim, acordar às 5:30 da manhã.
pode parecer chato agora, mas um dia você vai ver que valeu a pena.

me desculpe, alguém que por acaso ler isso aqui, se eu fui muito auto-ajuda hoje.
me desculpe, mas infelizmente essa era uma das intenções.

sábado, 12 de julho de 2008

sem querer

foi assim e está sendo quase assim. sem-querer-querendo.
e eu estou com vontade. e eu estou querendo...

hoje, quando acordei, pensei em você.
quando almocei pensei denovo.
e agora, eu queria saber onde você está. o que você está fazendo...
e me lembro de ter pensado nessas coisas ontem também.

eu descobri que é muito bom pra mim estar perto de você.
descobri que andar de mãos dadas com você é uma coisa muito gostosa, que você me faz muito bem...
e me dá muita saudade de deitar a cabeça no seu ombro, de ganhar um beijo na buchecha... rsrs

queria você aqui agora, assim, sem querer...
queria você pra sair de mãos dadas comigo por aí.

é! eu estou querendo você!