sexta-feira, 29 de agosto de 2008

pra você

saudade de você! de tudo que já vivemos e de tudo o que eu ainda não posso lembrar. do que nunca aconteceu.
eu sei que eu sou um pouco de você. feita por você, de você. às vezes não queria parecer tanto. mas sempre me orgulho de ser igual.
quando toca uma música, daquelas que são de verdade, de sentimento e de sonho é em você que eu penso. uma tarde inteira pra cantar... e uma noite pra dançar, pra cantar. e mesmo acordados a gente sonha.
eu, um peixe. só querendo invadir o seu aquário. mas só pra ficar nadando nas suas águas. me banhar de toda sua energia, desse charme. dividir meus sonhos com você. me encantar e me derreter com toda essa sensibilidade.
que tal passarmos uns dias juntos? em quaquer lugar...
aumentar o som e gritar aqueles versos que nos aproxima, felizes. que nos faz cúmplices dos mesmos sentimentos. e eu nem me importaria se você de repente viesse com aquele seu jeito rabujento de ultimamente e se trancasse com um best-seller num quarto distante. e se ficasse calado, eu me calaria com você. abaixaria o som e apagaria a luz.
você me chateia às vezes. me faz chorar de raiva. me faz pensar que talvez eu nem seja tão importante assim pra você.
mas ninguém é perfeito, eu sei. e já que todos esses seus defeitos que me entristecem fazem parte de você, eu só posso abrir a porta e recebê-los também.
espero que no nosso próximo encontro, dia 20 de setembro, eu possa guardar um sorriso espontâneo seu.
te amo pai!

se

eu poderia me apaixonar por você.
o seu jeito agressivo poderia combinar com a minha meiguice.
eu sei, porque um dia o seu corpo forte me acolheu. o seu abraço de menino me balançou. e naquela hora da despdida, na porta de casa pela manhã, quando você beijou minhas mãos eu flutuei. e depois disso, por uns dias, só aguns dias quentes, eu sentia o seu cheiro em todo lugar.
eu sei porque o seu beijo era macio e toda a sua maciez me permitia ser manhosa.
eu poderia sair com você, conhecer os seus lugares e um pouco dos lugares que também me pertencem por um lado.
nós poderíamos trocar murros, socos e palavrões assistindo um clássico do futebol paulista em uma TV velha, com cores distorcidas.
e nas madrugadas geladas poderíamos nos aquecer. eu me renderia à toda essa sua agressividade e te morderia, te arranharia entre beijos doces e macios que me amoleceriam e me acalmariam em sono e sonho.
eu poderia sentir saudade no dia seguinte...
e poderíamos, quem sabe, até termos dançado juntos no fim-de-semana que passou.
poderíamos ter tirado fotos lindas que guardaríamos pra sempre. e lembraríamos com carinho um do outro.

poderíamos, apenas.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

domingão

As tardes de domingo voltaram a ser mais sem graça que ver “domingão do Faustão”. Agora é com a mochila pesada, o olhar triste dela e o meu coração apertado que eu entro no ônibus desconfortável e sigo o meu caminho em direção às montanhas. Em busca de sonhos, de idealizações e espero, de conquistas. Voltar a região dos Inconfidentes, por mais que eu já esteja me acostumando, é sempre emocionante. Eu sempre sinto uma coisa vibrante, uma alegria toda colorida quando desço essa praça em preto e branco.
Chegar em casa, ver minhas coisas. Pequenas coisas, pequenas lembranças e muitos sentimentos enraizados nesse lugar.
Às vezes, andando sobre esses paralelepípedos eu me lembro de coisas que passaram, mas que me dão a sensação de que ainda vão permanecer pelo menos aqui dentro de mim por muito tempo. Eu entro em lugares que eram tão seus. E agora eu também posso te-los como um pouquinho meus.
Mas dessa vez foi um pouco diferente. Entre os olhares tristes de sempre, com aquelas caras de dó pra mim e as palavras que se repetem, “vai com Deus, minha filha!”, “me liga quando você chegar, viu? Não esquece!” faltou uma coisinha. Faltou um “tchau”. Podia ser mesmo por telefone. Nem precisava apertar as minhas bochechas. Podia até ter sido na hora em que eu já estivesse dentro do ônibus, ou até mesmo quando eu já estivesse aqui.
E faltou mesmo. Eu senti que faltou. Parece que eu estou esperando até agora. Mas parece que não vai chegar mais.
Depois de toda essa espera, você vem com esse seu jeito poético. Só porque você sabe que eu gosto. Você já deve ter me decorado, de cabo a rabo. Você já sabe como me deixar com essa cara de “baranga”.
Pois é! Mas então, espero que você goste de me ver assim. “Baranga apaixonada”. Porque é assim mesmo que eu tenho estado.
E você sabe que é tudo culpa sua!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

desordem

é! eu tô precisando de um porre!
de sair pra comprar um lingerie nova
e usar! muito bem usada!
me divertir, dançar até o chão!
pintar as unhas de vermelho
chegar em casa toda borrada
com a maquiagem estragada
to precisando também de ver você nessa hora
e te olhar com cara de desdém
eu nem sei fazer essa cara de desdém
mas na hora eu me viro e sei que vai sair alguma coisa parecida
na verdade, eu quero é te deixar com vontade!!
quero mesmo!!

Tudo igual

de vez em quando eu passo por aí
e até me arrependo depois
porque nunca acho nada demais
nem nada que me deixe intrigada, nem nada que me deixe feliz.
nada, tudo igual
e todo dia eu passo por aqui.
e aqui muda.
roda, gira, volta, anda, crsece, diminui...
mas tem uma coisa que continua.
tem uma coisa que sempre está aqui.
o seu cheiro, a sua cor, a sua pele.
a textura, o sabor, a temperatura do seu calor.
isso tudo está sempre por aqui.
junto com aqueles olhos e aquele sorriso que me deixa tão enciumada.
as mãos também estão aqui.
as palavras
as risadas, gargalhadas e mordidas
o jeito todo arrumadinho de ser.
até quando será assim?