quinta-feira, 21 de agosto de 2008

domingão

As tardes de domingo voltaram a ser mais sem graça que ver “domingão do Faustão”. Agora é com a mochila pesada, o olhar triste dela e o meu coração apertado que eu entro no ônibus desconfortável e sigo o meu caminho em direção às montanhas. Em busca de sonhos, de idealizações e espero, de conquistas. Voltar a região dos Inconfidentes, por mais que eu já esteja me acostumando, é sempre emocionante. Eu sempre sinto uma coisa vibrante, uma alegria toda colorida quando desço essa praça em preto e branco.
Chegar em casa, ver minhas coisas. Pequenas coisas, pequenas lembranças e muitos sentimentos enraizados nesse lugar.
Às vezes, andando sobre esses paralelepípedos eu me lembro de coisas que passaram, mas que me dão a sensação de que ainda vão permanecer pelo menos aqui dentro de mim por muito tempo. Eu entro em lugares que eram tão seus. E agora eu também posso te-los como um pouquinho meus.
Mas dessa vez foi um pouco diferente. Entre os olhares tristes de sempre, com aquelas caras de dó pra mim e as palavras que se repetem, “vai com Deus, minha filha!”, “me liga quando você chegar, viu? Não esquece!” faltou uma coisinha. Faltou um “tchau”. Podia ser mesmo por telefone. Nem precisava apertar as minhas bochechas. Podia até ter sido na hora em que eu já estivesse dentro do ônibus, ou até mesmo quando eu já estivesse aqui.
E faltou mesmo. Eu senti que faltou. Parece que eu estou esperando até agora. Mas parece que não vai chegar mais.
Depois de toda essa espera, você vem com esse seu jeito poético. Só porque você sabe que eu gosto. Você já deve ter me decorado, de cabo a rabo. Você já sabe como me deixar com essa cara de “baranga”.
Pois é! Mas então, espero que você goste de me ver assim. “Baranga apaixonada”. Porque é assim mesmo que eu tenho estado.
E você sabe que é tudo culpa sua!

Um comentário:

Cotidiano do Guerra disse...

minha linda...cara de menina e jeito de mulher