quinta-feira, 11 de setembro de 2008

De Saída

Foi como se eu nunca tivesse colocado os pés pra fora. Como se ainda não conhecesse a sensação das curvas. Até lágrimas rolaram pela estrada. Uma dor lá no fundo. Um não querer deixar as coisas pra trás. Como se eu estivesse minhas raízes plantadas junto com as alfaces do quintal. E como se eu estivesse sendo colhida do meu canteiro antes da hora, ainda semente, carente de regador e carinho.
No meio do caminho, os mesmos assuntos. Música chata, curva enjoativa. Nem pude achar as flores bonitas. Nem pude apreciar as árvores. Parecia que nem tinha árvore, só pedra, rocha, coisa bruta.
E depois disso os dias foram de sono, comida e gula. Quase me arrastando até a geladeira, minha fiel companheira. Cara emburrada de menina que não dançou com o par que queria na festa junina.
Preguiça de gente que acha graça em pepita automática.
Vontade de dormir até semana que vem, pra ver se eu chego mais rápido. Mas aí eu sonho umas coisas estranhas... melhor mesmo é sonhar acordada!
Ai, que saudade do meu quintal!

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